domingo, 3 de maio de 2015

Mensagem Espirita - Dercy Goncalves

Dercy Gonçalves – Margarida, é este o seu nome?

Disseram-me que tenho pouco tempo para lhe falar, sou Dercy Gonçalves.

Margarida – Eu já sabia sobre esse novo encontro, quem não lhe conhece? Quero dizer, quando a irmã estava em corpo físico, o Brasil inteiro e parte do Mundo lhe conhecia. Eu dei muita risada com você.

Dercy – Eu sempre fui muito debochada e escrachada, vocês sabem; mas com as "coisas sagradas" eu tenho respeito, e se me vejo nesta situação, tão apegada as coisas da Terra, é porque eu vivi mais para o deboche, do que pra reza.

M – Acreditava em Deus, mas não praticava Seus Ensinamentos, como a maioria das pessoas. É isso, a gente acredita, mas não pratica.

Dercy – Eu sempre fui da noite, sempre fui do trabalho, e as coisas do espírito foi ficando...
Eu achava que aquele altar que eu tinha na minha casa era suficiente, e debochava do resto, essa é a verdade. Debochava de tudo, o sofrimento que passei me trouxe revolta, angústia, também melhorou um pouco minha alma; mas, o prestígio, isso tudo me atormenta.

M – Mas isso tudo ficou para trás filha.

Dercy – Sabe Margarida, estou perdida. São dois mundos. O mundo que eu cultuei, e o que eu vivi.

M – Já ouviu falar da Colônia Espiritual Servos de Jesus? Está situada no plano astral, no mesmo plano onde você se encontra. Já ouviu falar dessa Colônia?

Dercy – Eu ouvi, que eu ia ser levada para essa Colônia.

M – Esta Colônia existe, ligada a este Centro Espírita. A força do pensamento de todos nós, o trabalho realizado ao longo dos anos, pois este Grupo tem 40 anos de existência. Cresceu tanto que forneceu energia para construir uma Colônia Espiritual; e eu estou falando nisso, justamente para dizer que os Irmãos vão leva-la para a Colônia.

Não tenha receio; você pode encontrar pessoas conhecidas, de toda classe social. Tem médicos, políticos, enfermeiros, psicólogos, professores e outros. Uns moram, outros passam uma temporada, trabalham e vão embora.

Você vai morar também ali, aprender muita coisa sobre o plano astral. Você não era má pessoa. Fez rir muita gente, inclusive a mim; adoro dar risada.

Dercy – Ah, meus erros pesam.

M – E quem não errou, Dercy?

Dercy – Devia ter feito assim, devia ter feito daquele outro jeito, e controlar os palavrões! Ah, é difícil demais! Conversar assim sem poder falar como antes. (ela falava através da médium – Psicofonia)

M – O seu hábito foi o palavrão; outros tem o habito da bebida; outros da droga, do sexo, e cada um tem os seus maus hábitos. Nem todas as pessoas, é claro, mas por isso, não fique tão triste!

Dercy – Vocês parecem que são freiras. Só conversa séria.

M – Não, aqui não tem nenhuma freira.

Dercy – Com uns pensamentos desses, eu não consigo achar os palavrões na cabeça.

M – Mas, não diga mais palavrões, eu vou lhe dizer porque:
Tem as palavras que a gente deve pronunciar e as que não devemos, pois atraem negatividades.

Dercy – Eu sei que esse lugar é sagrado.

M – Não é por isso não, você pode até xingar, não tem problema. É que, veja bem: se eu digo: Deus o abençoe, sai uma energia forte, uma vibração bonita, suave, tranquila; mas, se eu digo: o Diabo te carregue para o Inferno: aí a energia que se manifesta é bem diferente; não é?

A energia que sai desta frase é muito densa, pesada, oposta a outra: Deus o abençoe, Deus lhe ajude na sua caminhada. Então, é só você ir mudando aos poucos.

Dercy – Mas eu enfrentei o preconceito. Por isso, mando todo mundo para "o Diabo que o carregue"!

M – Mas você passou para o mundo astral não faz tanto tempo; e assim como você levou tantos anos falando palavrões, aos pouquinhos, também, você para. Não vai ser da noite para o dia. Minha filha, calma.

No plano astral a gente precisa ter calma, precisa ter paciência.

Dercy – Ah! Eu tenho que desenvolver isso.

M – É, tem que desenvolver, senão você vai viver numa amargura por muitos anos.

Dercy – Eu quero tudo agora, tudo já, rápido.

M – Vamos colocar essa pressa na bolsa. Você mudou de vida, saiu do plano físico e foi para o plano espiritual, tem que mudar aos pouquinhos esses hábitos desagradáveis.

Dercy – Sabe o que eu queria? É não ter essa aparência de velha.

M – Mas vai perder se você fizer aquilo que a gente está aconselhando: esquecer dessa vida passada, da pressa incontrolável, dessa história de palavrão a todo instante. Você vai ver, que os maus hábitos vão mudando aos pouquinhos, e quando menos esperar, você vai ser aquela mulher nova, bonita.

Dercy – Eu era bonita.

M – Você era uma mulher bonita, era engraçada também.

Dercy – Fechava o comércio.

M – Mas para você voltar a ser uma mulher bonita outra vez, é preciso que você mude os antigos hábitos. Agora você está em outra dimensão. Mas, eu gostava de você e como muita gente gostava dos seus programas; e olhe que eu não gosto de palavrão, e nem de deboche.

Errar minha filha, todo mundo erra, quem não errou?

Dercy – A minha preocupação são esses que eu deixei aí. Eles estão despreparados, sempre acostumados comigo tomando todas as decisões, dizendo qual o caminho tomar, o que fazer, onde colocar o dinheiro, quando tirar, e agora?

M – Não se preocupe com isso não, depois que a gente passa pra lá, não precisa de dinheiro.

Dercy – Mas ficam me perguntando, o que é que há?! E como é que... aí! Eu pensei em um palavrão agora!...

M – Você deixou para trás muita coisa. Agora, eles que aprendam a se virar com o dinheiro.

Dercy – Ficam lá na minha tumba, conversando comigo. Aí, eu fico presa lá. Eu vou atender, eu quero responder a todo mundo.

M – Por que você não escolheu ser cremada?

Dercy – Para ninguém esquecer de mim. Demorei tanto, sofri tanto para "aparecer, pra ficar famosa", e depois esquecerem de mim?

M – Olhe aí. Tem que aguentar as consequências dessa sua vaidade minha querida; de querer que as pessoas não se esqueçam de você. O que acontece? Muita gente vai lá, pra debochar, pra dizer coisas que não deve, inclusive sua família levando problemas. É por isso que eu vou ser cremada e jogar minhas cinzas no mar, que não vai contaminar ninguém, é um pinguinho de cinza num imenso oceano.

Dercy – Ah, me ajude minha irmã!

M – Vá para a Colônia Servos de Jesus. Siga direitinho as orientações da Casa, e não tenha pressa, porque a eternidade não tem fim.

Dercy – Ah! Eu não vou aguentar ficar enclausurada.

M – Não vai ficar, porque a Colônia é um lugar grande e não é prisão. É uma pequena Cidade, onde tem trabalho, estudo, tem passeios, palestras, educação, tudo do que você precisa.

Dercy – Não sei, por que motivo, eu estou com esse negócio de freira na cabeça?

M – Talvez, em alguma encarnação anterior, você foi irmã de caridade; aborreceu-se tanto que quando veio nesta última encarnação, meteu os pés pelas mãos, e foi viver intensamente o outro lado do convento.

Dercy – Pois é, eu quero ser diferente, estou sofrendo.

M – Agora tem que ser bem diferente ainda; ter calma, resignação e coragem para enfrentar as dificuldades da nova vida.

Dercy – Coragem eu tenho.

M – Então enfrente com paciência.

Dercy – Paciência eu não tenho.

M – Precisa ter, desenvolver. Há coisas que a gente não pode dar a outra: como paciência, fé, resignação, coragem, força espiritual, senão eu lhe dava um pouquinho do que eu tenho e um pouquinho das companheiras.

Dercy – É a minha alma que tem fome.

M – Nós vamos fazer uma prece para saciar esta fome e depois, você fica para recitar o mantra.

Dercy – Você acha que eu vou ficar jovem, logo?

M – Vai sim, se você seguir esses conselhos. Na Colônia, você se ofereça para ajudar no que for necessário; parar com essa pressa, a eternidade não tem fim. Se você começar a agir desse modo, logo, logo será uma mulher jovem, bonita e estudando o Evangelho do Amado Mestre Jesus.

Dercy – Tem umas coisas que me preocupam muito.

M – Não se preocupe com quem ficou para trás. Você viveu cem anos e se eles não se preocuparam, não perguntaram, não resolveram, é porque não quiseram; então, está na hora de seguirem a vida deles.

Dercy – Sabe o que é Margarida: você sabe que eu abortei? Isso me perturba muito. Uma vez até perguntei para Chico Xavier, mas ele disse: Não se preocupe não, porque ele está encarnado. Mas, e daí, ele não era meu filho? Eu devo alguma coisa para ele. Pôxa! Eu devo, eu tenho que pagar.

M – Dercy, estou vendo que você precisa muito aprender sobre a vida espiritual. É como você começar a frequentar uma escola; porém, nem para uma Escola Primária. Você está no nível de Jardim de Infância.

Dercy – Então me ensina mulher!

M – Ah! É preciso desenvolver a paciência, que venha aqui semanalmente assistir nossas palestras. Que na Colônia obedeça e respeite os Irmãos Superiores, siga direitinho os conselhos dos Instrutores Espirituais. Você verá que dentro de pouco tempo, sairá do Jardim de Infância para o Primário. E assim sucessivamente, estudando sempre e alcançando novos patamares na Casa do Pai.

Quanto ao menino, quanto ao aborto, se Chico disse que ele já estava reencarnado, você tem que elevar as mãos para o céu e agradecer a Jesus. Ele teve a oportunidade de reencarnar; a pessoa precisa renascer sempre para aprender.

Dercy – Mas, será que ele está precisando de mim? Será que eu posso fazer alguma coisa por ele? Essa é a minha preocupação.

M – Não. Quando ele precisou de você... (Dercy interrompeu)

Dercy – Eu falhei...

M – "Leite derramado não volta mais para vasilha", deixa pra lá, ele está bem. Quem sabe se mais tarde, ele não vai servir de pai para você, em outra encarnação. Ele ser seu pai, ou seu avô? Você nascer perto dele... Há todas essas possibilidades e muito mais.
Vamos orar? Olhe, fique calma, vá para nossa Colônia que é uma pequena Cidade: ajude nas atividades, trabalhe bastante, brinque e estude os Ensinamentos do Mestre Jesus e do Mestre Allan Kardec.

Dercy – Eu não consigo ficar ajoelhada.

M – Mas não precisa ficar ajoelhada, não.

Não estou dizendo que ali é uma comunidade grande, como se fosse uma cidadezinha? Não é Convento e nem Internato...

Lá, ninguém está querendo virar santo. Todos estão querendo melhorar seu padrão vibratório, esquecer as coisas erradas que praticou e aprender coisas novas.

Dercy – É o que eu quero.

M – Então você vai ter. Vamos fazer uma prece em conjunto e não precisa ajoelhar-se, porque não há necessidade!

Dercy Gonçalves
&
Margarida


Nota: Essa mensagem espírita é um diálogo psicofônico entre Dercy Gonçalves e Margarida.

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