domingo, 8 de outubro de 2017

O Perdão

A falta de perdão arrasta o ser para a inconsciência das trevas.

Sofri mais de cem anos, buscando me vingar de homens que já não sabia onde estavam.

Arrastei no Astral dezenas de irmãos, alimentando ódio e dor.

Um dia, numa praia encontrei homens da cor dos que eu queria destruir, e foram estes que me revelaram o inferno em que vivia por não saber perdoar.

Foi um encontro tão verdadeiro que, percebendo a loucura em que vivia, decidi mudar. Dor maior foi quando percebi que, naquele desatino, eu prejudicara tantos irmãos naquela desventura.

Mas, por incrível que pareça, não me desesperei, decidi mudar, mas prometi a mim mesmo que só pensaria em mim quando pudesse recuperar todos que eu arrastara por aquele precipício de ódio.

Foi tarefa longa, quase dez anos. Recebi uma ajuda que não tem preço dos irmãos espirituais desta Casa (GESJ).

Quando recuperei o último companheiro, senti que eu estava são e livre. Meu coração não era mais ácido e venenoso, eu sentia que não havia barreira entre os homens, nem de raça, nem de cor. Não havia brancos, negros, nem índios. Há somente uma imensidade de irmãos em Deus que precisam se amparar na fraternidade, para que o Amor e a Paz sejam verdades na Terra.

A origem de toda essa vida triste foi o rapto de uma índia por um homem branco e a vingança seguinte: uma mulher branca raptada no dia de seu casamento por homens - índios.

Muita morte e ódio não levaram a nada de positivo. Ficou um saldo de cem anos de ódio, desespero e dor.

Vocês vivem tempos de violência vã, porque são desconhecidos na Terra os conhecimentos deixados pelos espíritos. Eles são os únicos que dão base para o verdadeiro perdão, porque nos dizem que hoje sofremos as consequências do que em outras vidas fizemos alguém sofrer. Tolerar, resignar-se e compreender são as chaves do perdão.

Mesmo que a ofensa seja dura como punhal, que seja pelas costas em covardia abominável, peça socorro a Deus que Ele dará a força para perdoar e esquecer, pois só assim rompemos os laços com o passado.
 
Pajé Pena Branca
GESJ – 10/01/1995 – Psicografia – Vitória /ES – Brasil


Nota: Mensagem retirada da Divulgação 30

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